Passa a ser proibido o acto sexual nos carros
Conheça a nova lei, que inclui a criação do fiscal de quecódromos, e o ponto de vista dos opositores.
Sem dúvida que ”o fruto proibido é o mais apetecido”, e por isso para algumas pessoas fazer sexo dentro de um carro poderá ser o maior dos fetiches.
Mas que razão levará tantos casais a trocar o conforto da sua cama e por uma experiência desconfortável e, por vezes, arriscada!?
Pelo risco da situação em si ou até mesmo pela adrenalina de o fazer num local fora do comum, mas, no entanto, é no fator adrenalina que está a resposta para esta pergunta.
A adrenalina é uma hormona produzida no nosso corpo e está relacionada com situações de stress e excitação.
Quando é libertada para a corrente sanguínea, a nossa frequência cardíaca aumenta, bem como os nossos batimentos cardíacos.
Qualquer casal na sua primeira experiência poderá deparar-se com algumas dificuldades, por isso enumeramos algumas:
1 – Não existe um lugar certo: Cada casal pode esforçar-se para encontrar uma rua deserta, ou um parque de estacionamento vazio, mas nunca irá ter a certeza que não irá aparecer alguém.
2 – Não há espaço suficiente: A falta de espaço poderá tirar muito do prazer do momento.
3 – Temperatura quente: Lembra-se daquela parte do filme “Titanic” onde os vidros estão totalmente embaciados?
Pois é!
Mas perde a piada quando o casal fica quase sem fôlego.
4 – As posições são bastante limitadas: Se o espaço é limitado será difícil dar asas à imaginação e por isso a maioria das vezes os casais recorrem às posições sexuais mais clássicas.
5 – O Cheiro e os fluidos: Ambas as coisas podem ficar no carro o que vai deixar o ambiente sujo e poderá ser constrangedor para o casal, além do custo associado à sua remoção.
6 – É perigoso: Não há nada mais assustador do que ouvir a mão de alguém a bater no vidro do carro quando o casal está nu dentro dele.
Acima de tudo, ter relações sexuais em locais diferentes como é o caso do carro, é também uma forma de sair da rotina para alguns casais que estão a passar por uma fase menos entusiasmante do relacionamento.
O facto de saberem que podem ser vistos a qualquer momento enquanto fazem algo que não devia ser feito em locais públicos, pode ser a faísca que o relacionamento precisava para voltar a ter a “chama acesa”.
Existe até quem tenha a ousadia de se filmar enquanto o faz e por isso está disponível na internet uma lista infindável de vídeos para adultos sobre esta temática.
Evidentemente que devemos ter em consideração que a ideia de fazer sexo dentro de um carro num local público só vai dar um bom resultado à vida conjunta se tanto o homem como a mulher estiverem em sintonia em relação a este tema assim como se sentirem os dois á vontade para iniciar esta prática.
Uma ousadia que até pode ser crime
Seja por fetiche, por falta de dinheiro para ir a um hotel, por impulsividade do momento, ou seja, qual for o motivo, nunca é demais lembrar que fazer sexo dentro do carro é uma aventura que pode ter consequências graves, afinal, “quem nunca errou que atire a primeira pedra”.
Ao vermos um carro com os vidros embaciados e um movimento estranho que vem de dentro do carro numa zona escura ou escondida, sabemos que não é um movimento provocado por um fantasma.
Já paramos para pensar o que pode acontecer se fores apanhado em flagrante?
Em Portugal, se for apanhado a fazer sexo no carro, pode, em teoria, levar uma multa até 120 dias ou pode até ser preso.
O crime está previsto no artigo 170º do Código Penal que diz respeito à Importunação sexual, que inclui atos onde são exibidos os órgãos sexuais ou até mesmo propostas de teor sexual.
Aparentemente, não é só no futebol que somos campeões europeus, um estudo feito em 2011 pelo Standvirtual que envolveu 800 pessoas mostra que 7 em cada 10 portugueses já fizeram sexo dentro do carro. Mais concretamente 71% dos envolvidos nesse estudo.
nfelizmente, apenas metade destes utiliza preservativo quando o faz. Destes, 60% dos indivíduos acima dos 50 anos, assume que não usa proteção.
O valor desce nos homens com menos de 30 anos (apenas 36% esqueça o preservativo).
Este estudo vai ainda mais longe e dá conta que, os donos de automóveis das marcas BMW, Mercedes-Benz e Renault são os que mais fazem sexo no automóvel (80%).
Confrontando este estudo com outro bastante similar, feito pela seguradora Direct em Espanha, 32% dos espanhóis admitiu já ter feito sexo no carro.
Já em relação aos ingleses, este número sobe para os 54%, de acordo com um estudo feito pela empresa Autoquake, 4 em cada 10 ingleses já passaram por esta experiência e avaliam-na como “fantástica”.
Carros autónomos
Cada vez mais, com o avançar das novas tecnologias e com carros ainda mais modernos e autônomos será cada vez mais fácil fazer sexo dentro de um carro, mesmo em andamento.
Isto porque no futuro haverá cada vez mais carros que não vão precisar de condutor.
Um estudo feito no Reino Unido, liderado por Scott Cohen, da Escola de Hotelaria e Gestão de Turismo da Universidade de Surrey, em Inglaterra, visa saber que tipo de coisas as pessoas poderiam fazer nos seus carros quando estes estivessem totalmente livres da tarefa de conduzir. Scott Cohen baseou-se na associação entre automóveis e sexo, tão bem representada em tantos filmes para adultos, e nesse estudo chegou à conclusão de que sim, as pessoas vão fazer sexo dentro de carros que sejam autônomos e que conduzam sozinhos, ou seja, sem condutor.
Esta “descoberta” de Cohen corrobora ainda dados de outro estudo, realizado em 2016 nos Estados Unidos, que mostrou que 60% dos adultos americanos, já fizeram sexo dentro de um carro pelo menos uma vez na vida. A tendência, é que, ao não precisar prestar atenção ao trânsito, esse número aumente.
“Um Motel ambulante”
Poderá ainda demorar alguns bons anos para estar em plena atividade.
Mas Cohen acredita que lá por 2040 será possível confiar cegamente num carro que seja autossuficiente.
Nas cidades em que a prostituição é legal e as leis também permitem que os carros que sejam autônomos se desenvolvam, poderemos ver essa evolução mais rapidamente.
A Europa poderá vir a ser um desses lugares.